1. |
Prelúdio
01:07
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2. |
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Vi-te nascer, Erzsébet
Nascida entre brados de dor
Vinda ao mundo banhada em sangue
Primeira de copiosas imersões
Uma trágica tormenta avoluma-se
Na sombra dos Cárpatos
Carpem, soturnas, as florestas
Que te viram crescer
Cedo iniciada em inomináveis ritos
Sanguinolentas perversões
Devota de demoníacos mitos
Adepta de diabólicas superstições
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3. |
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Melancolias matinais
Amortalhadas na neblina matutina
Dias de tristeza inexorável
Atenuada pelo desejo de sangue
Vagueavas pelo teu próprio luar
Grená e pálido
Dentes de lobo ao peito
Inundada pela luz negra da melancolia
Tua formosa aparência
Excelente e sem nódoa
Não inspira paixão, mas temor
Mandrágora colhida em ténebra noturna
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4. |
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Satânicos sacrifícios sanguíneos
Num marmóreo, frio altar
Cada crime é permitido
Conquanto alcance o pretendido
Ao Diabo o que lhe é devido
Tal e qual como prometido
A Lucifuge Rofocale
Devia-lhe riqueza pessoal
Satanáquia a agraciava
Sangue de donzelas providenciava
Agaliarept lhe desvendava
Segredos das cortes que visitava
Fleurety lhe outorgara
Sombrios poderes sobre a noite clara
Pela névoa de Sargatanas
Encoberta na escuridão
Com Nebiros pactuou
Maléfica necromancia lhe revelou
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5. |
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Para tardar a tristeza
Adiar a angústia
Refugiava-se a Condessa
No sofrimento alheio
Em quantos castelos
Outras tantas câmaras de tortura
Onde indescritíveis tormentos
Sucedem a sádicos ritos
Para fugir à depressão
Inebriava-se com o visco vital
De vidas ceifadas prematuramente
Em rubro frenesim
Progénie da loba
Vampírica, venérea majestade
Com profanas libações
Esquiva-se dos escolhos da idade
Banha-se a Baronesa
Em sangue de púberes vítimas
Imoladas numa pira
De lupina loucura
A sinistra soberana
Escarnece os sermões
Regurgitados por ratazanas
De púlpito, ascetas e hipócritas
Progénie da loba
Vampírica, venérea majestade
Com profanas libações
Esquiva-se dos escolhos da idade
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6. |
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Pesados portentos
Da queda de Bathory
Pairam no púrpuro crepúsculo
Vi-te cair, Erzsébet
Cair em desgraça
Vítima da ganância
Não da justiça
Eras matriarca sandia
Quando sandice prazerosa
E sangrentas paixões ocasionais
Eram privilégios patriarcais
Entre as armas do Otomano
E as intrigas do Habsburgo
Caída em desgraça
Sepultada num gigantesco túmulo
Encarcerada no castelo de Csejthe
Punida onde antes punia
Recitavas às pedras, matriarca sandia
Memórias de atrocidades passadas
Austera e cruel condessa
Condenada a perpétua reclusão
Privada de sangue, definharás
À lei da morte, sucumbirás
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7. |
Poslúdio
03:04
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